A Princesinha

Ficha Tecnica
Data de lançamento: 10 de maio de 1995 (EUA)
Direção: Alfonso Cuarón
Música composta por: Patrick Doyle
Roteiro: Richard LaGravenese, Elizabeth Chandler

   Olá pessoal! Todo mundo que me conhece ou que me segue seja pelo Twitter, Facebook, até mesmo o próprio blog sabe como eu sou uma pessoa saudosista e nostálgica. E ultimamente eu tenho lembrado de um filme lindo, porém triste que marcou muito a minha infância, A Princesinha. Eu assisti esse filme tanto, mas tanto, que não sei como não enjoei, apesar de que faz um tempinho que eu não o assisto, por dois motivos não passa na televisão e não quero chorar. É inevitável toda que eu vejo choro feito criança que acabou de apanhar. 
O filme é uma adaptação da obra de Frances Hodgson Burnett (parece nome de princesa, não é?), a mesma criadora de O Jardim Secreto (outra gracinha de filme), que dá para perceber as semelhanças pela fotografia dos filmes e a época. E se passa 1914, na India, onde Sara Crewe (Lisel Matthews, uma fofa!) uma garotinha inglesa orfã de mãe, porém feliz e sonhadora vive junto com seu pai, o 
Capitão Crewe (Liam Cunningham). Até o momento em que ele é convocado para a 1ª Guerra Mundial, já que pertence ao exército inglês. Ele resolve então deixar sua filha em um luxuoso internato para moças em Nova York, no qual sua falecida mãe já estudou. Praticamente todas as moças do internato tem uma relação muito sistemática com os pais e obedecem todas as regras que são impostas pela amarga e vazia Srta. Minchin (Eleanor Bron), que administra o local. Logo no início ela fica incomodada com criatividade e jeito de Sara, que cativa rapidamente a maioria das meninas (Ninguém manda ser chata, só porque ninguém te quer, nojenta!). Um dia, o advogado do pai de Sara, Sr. Barrow (Vincent Schiavelli), chega ao colégio para dizer que não haveria mais pagamentos, pois o pai de Sara tinha morrido em combate. Minchin então faz Sara trabalhar como uma criada, para pagar sua estada ali. No meio disso tudo, Sara faz amizade com outra criada, Becky (Vanessa Lee Chester), que por ser negra sofre mais ainda com os mau tratos da Srta. Minchin. Ela e Sarah passam a maior parte do tempo juntos, inventando e contando histórias tornando-se uma espécie de irmãs. Mesmo depois de se tornar uma criada e ser proibida de tentar qualquer tipo de contato com as outras garotas do internato, físico ou verbal, elas entram no seu novo "quarto" que fica em um sótão  para ouvir suas histórias e se divertirem. Mudando a vida de todos a sua volta.
Tenho tanta coisa para falar desse filme que nem sei por onde começar, primeira de tudo quando penso nesse filme já vem logo a música tema que fica na minha cabeça me deixando ainda mais nostálgica e de certa forma triste, mas uma tristeza poética, como a saudade, "Kindle My Heart" é cantada por Liesel Matthews (sim, a própria Sara) e Abigail Doyle, que deixaram a música muito fofinha. É uma música que já diz o título purifica seu coração de todo mau, e você sente paz em si inexplicável. Quem quiser ouvir é so clicar aqui. E eu vou confessar que está em segundo lugar da minha lista de filmes favoritos da infância, o primeiro será sempre Matilda, esse era uma grande inspiração para mim e principalmente para a minha irmã e até hoje são, acho que as pessoas deveriam assistir mais, que mesmo se passando em 1914, há muitas coisas que ainda existem hoje em dia, como o racismo, a discriminação por classes sociais e a perda dos pais. Isso é o que me faz pensar mais, como será a vida de uma criança que é orfã de pai e mãe e não tem ninguém no mundo, como deve ser difícil ainda durante a infância. Nunca é fácil, e esse mostra como é triste essa situação de uma forma tão realista. A vilã do filme não poderia ser pior, fria e calculista, o telepesctor tem vontade o tempo todo de entrar no meio do filme e lhe dar uns bons tapas na cara. Uma das vilãs mais insuportáveis do cinema. Pelo menos para mim.
E também me questiono em relação as outras personagens do filme, que tem pais mais não são próximas, o que seria pior ter um pai ausente que nunca esta por perto, que é sistemático não liga para a sua vida, não conversa, nem demonstra nenhum tipo de carinho ou afeto ou ter um pai, ter uma relação amigável e perde-lo? Realmente, é quase de fazer a sua cabeça explodir, mas acho que ficaria com a segunda opção, acho que a perda de algo que você teve será sempre pior do que de algo que nunca realmente se teve. Ou talvez não. A atuação de todos foram ótimos, principalmente da Liesel, que tinha apenas 11 anos quando gravou este longa, é uma pena ela não ter investido mais na carreira artística, pois ela era muito boa, e outras meninas como Vanessa Lee Chester que interpretava a Becky, que participou de duas franquias de Jurassic Park e a do seriado Malcon In The Middle, mas que também atuou super bem. A história é simplesmente bela e pura, e te faz voltar no tempo, para uma epoca em que sua única preocupação era se amanhar iria estar sol para você poder ficar na rua até tarde. Os personagens são os melhores, a personalidade de Sara é única e maravilhosa, uma raridade para ser mais especifica, a personagem tem o poder de mudar as coisas ao seu redor, transformando o ambiente mais agradável, até nas piores situações. Inclusive, eu já decidi que se eu tiver uma filha  algum dia irei colocar o nome de Sara, além de gostar muito, o significado é lindo e seria uma homenagem ao filme (gostaria que minha futura filha tivesse uma personalidade igual a de Sara, forte, porém doce e inocente, não quero que seja igual a mim jamais). E a cena em que Sara vai até a janela de seu quarto e começa a nevar é uma das belas que eu já em toda minha vida.


Sara: Eu sou uma princesa. Todas a garotas são. Mesmo que elas vivam em pequenos e velhos sótãos. Mesmo que se vistam com trapos. Mesmo que não sejam bonitas, ou inteligentes, ou jovens.Elas ainda são princesas. Todas nós.
(A Princesinha) 

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