O Fabuloso Destino de Amelie Poulain

★★★

Ficha Tecnica

Data de Lançamento: 8 de fevereiro de 2002 (Brasil)

Diretor: Jean-Pierre Jeunet

Música composta por: Yann Tiersen

Roteiro: Jean-Pierre Jeunet

O filme francês, dirigido e escrito por Jean-Pierre Jeunet, conta a história de Amelie Poulain (Audrey Tautou) uma jovem inocente, que após deixar sua vida de subúrbio que levava com a família, um tanto ausente de qualquer forma de contato, tanto físico quanto verbal, muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Até que um certo dia ela encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e o que acaba conseguindo. O proprietário da caixa, Dominique (Maurice Bénichou), ao rever o seu objeto, chora de alegria, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.

Antes que muitos comecem a me xingar pela nota que eu dei, tentem pelo menos respeitar a minha opinião, pois sei que muitos amam este filme, assim como eu só achei bom, para outros podem ter sido incrível, e também podem não gostar de filmes que eu amo (isso acontece muito com 500 Dias Com Ela). Bom, meu tio me indicou no ano passado, mas apenas nesse ano eu conseguir assistir a este filme, muito curiosa por sinal, porém acho que fui com muita sede ao pote, eu até entendo a história, achei bastante interessante, o que não me agradou foi o fato de ser um pouco parado. Claro, fiquei o tempo todo curiosa para saber o que iria acontecer com Amélie, e quando ela e o Nino iriam se encontrar, no fim até me surpreendi, mas não conseguiu me cativar tanto. Amélie é uma personagem bem fofinha. Para mim, ela era uma pessoa com alguns problemas emocionais que ansiava por ter contato mais íntimo com alguém, já que seus pais nunca lhe deram devida atenção, e por ser uma pessoa solitária, ao mesmo temia muito essa proximidade, passando então a se dedicar aos sentimentos dos outros, fazer os outros felizes. Por isso tanta ensaio para ver e não ver o Nino, marcar encontro e depois não conseguir sustentar, acredito que tudo isso fazia parte da luta dela com ela mesma ao se deparar com o amor. No final, a mensagem do pintor dizendo que ela não é de vidro igual a ele e pode suportar os baques da vida foi o sopro de coragem que faltava pra ela conseguir encarar os próprios sentimentos.

Além de do fato de ser cheio de frases e diálogos interessantes, já valem as três estrelinhas e atuação da Audrey (que estava linda e deslumbrante). Gostei que mostraram os detalhes das pessoas que passam percebidos por muitos, acho que todos nós temos manias estranhas como as dos personagens, e a fotografia é tão nostálgica e bonita (muito verde, muito amarelo, muito vermelho rsrs), alias parabéns ao Bruno Delbonnel, que é responsável pela fotografia do longa. Confesso que teve certas horas que eu fiquei perdida e achei algumas cenas bem desnecessárias. Talvez eu não tenha gostado tanto pelo fato de que eu sou meio Amélie, e não acho que goste disso em mim. Aos que gostam, me perdoem, eu sei que o roteiro é muito bom e é um cult, mas não conseguiu me envolver, quem sabe eu não tenho maturidade ainda para assistir, bem, eu não sei. De qualquer forma tentaria assistir novamente, assim como 500 Dias Com Ela, pois foi um filme que jogou uma realidade que é vista no mundo real e não na ficção, de primeira, eu não gostei tanto, mas a partir da segunda vez acabou se tornando um dos meus filmes favoritos. Mas mesmo, reconheço que O Fabuloso Destino de Amelie Poulain tenha lá os seus charmes, mesmo não sendo digno para a minha pessoa, dar mais 3 estrelinhas, o que faz ser odiada também por muitos cinéfilos, porém admito irei dar mais uma chance, no caso essa seria a segunda. Enfim, mesmo assim indico aos sonhadores de plantão.

Eva: São tempos difíceis para os sonhadores.

(O Fabuloso Destino de Amelie Poulain)