A Princesa e o Plebeu

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Ficha Tecnica:
Data de lançamento: 05 de outubro de 1953
Diretor: William Wyler
Música composta por: George Auric, Victor Young
Roteiro: Dalton Trumbo, Ian Mclellan Hunter e John Dighton
Duração: 1h 59m

A Princesa e o Plebeu é uma adaptação do livro de Dalton Trumbo, "A Princesa e o Plebeu", e protagonizado pela fofa Audrey Hepburn no papel da Princesa Ann, que ao visitar Roma, se sente entediada com sua vida na realeza, e decide fugir e passear anonimamente, viver com uma garota comum sem uma agenda cheia de compromissos repetitivos e entediantes, e ordens. Lá, ela acaba conhecendo um repórter, Joe Bradley (Gregory Peck), que inicialmente pretende se aproveitar da situação ao reconhece-la, para dar um "furo", porém ele acaba se apaixonando por ela.
Bom, como eu já tinha dito eu sou apaixonada pela Audrey Hepburn, ela tem uma forte influência na minha vida, tanto pelos seus trabalhos, como sua história de vida e personalidade forte, a qual eu admiro muito, e desde que assisti Bonequinha de Luxo, ainda nesse ano, me interessei, foi o começo de tudo, pesquisei sobre o filme, sobre os atores, e sobre Audrey que foi quem me chamou mais atenção pela sua atuação extraordinária. E desde então, decidi que iria assistir a todos os seus filmes, ou pelo menos todos os quais são protagonizados por ela. Nesse vemos uma Audrey mais atrapalhada e delicada do que o de costume, e que nós encanta novamente, tanto que este foi um dos filmes responsáveis por ter dado o Oscar de Melhor Atriz para Audrey (que foi mais do que justo), além de outros prêmios, como o Globo de Ouro, etc...
Alias, a Audrey tem o poder de tornar as coisas coloridas, porque é essa a impressão que o telespectador tem, que apesar do filme ser em preto e branco, tudo cria cor quando a atriz entra em cena e se torna mais bonito.
O que é mais interessante neste filme é a forma como os personagens acabam se envolvendo, de certa forma, bem realista. Uma coisa que eu cheguei a comentar com a minha irmã, é de como as cenas de beijo de antigamente aconteciam de forma tão natural, assim como a vida real, diferentemente das de hoje em dia, em que as pessoas, estão em lugar específico, as luzes são de cores diferentes, há um pôr-do-sol ou uma chuva, e está tocando a música perfeita e eles se beijam, há aquela encenação toda, na vida real as coisas não acontecem assim, não necessariamente, há algumas exceções, mas claro não são todos, e antes não, simplesmente acontecia no meio de um abraço, uma conversa ou uma risada. Não que seja menos romântico, muito pelo contrário.  
É como um conto de fadas, só que de certa forma meio invertido, mas não vou falar as reais razões para essa história contradizer o contos de fadas, seria um grande spoiler e perderia toda emoção para que nem assistiu ainda. E o mais legal, é que apesar de tudo, a história foge totalmente dos clichês, principalmente no desfecho, que me deixou bem esperançosa e logo depois triste, mas só agora, um dia depois de ter assistido, é que entendo, o que torna tudo ainda mais lindo. Inclusive me lembrei até de outro filme, que também é um clássico do final dos anos 80 (Não direi qual, haha! Só uma dica. tem a participação de uma cantora muito famosa. Alias, percebi que vários filmes tem uma forte influência sobre este, até mesmo Programa de Proteção Para as Princesas, como o fato da Princesa Rosalinda ter que esconder sua identidade e o corte de cabelo, além da mudança dele). A princípio eu senti necessidade de uma mudança no desfecho, mas só agora eu entendo, que se fosse diferente talvez a história não fosse tão bonita quanto realmente é, e que o final só conseguiu tornar tudo mais marcante. Além da atuação maravilhosa de Gregory Peck (Eu iria morrer sem saber que ele é avó do ator Ethan Peck do seriado, 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você), que além de ser bonito, é muito charmoso e faz você desejar um príncipe daqueles na sua vida, em alguns momentos e senti um tantinho de raiva do Joe, mas depois ele é recompensado e você acaba se apaixonando por ele. Sem falar na química da Audrey com Gregory (Mas nada se compara com a química que ela tinha com o ator George Peppard em Bonequinha de Luxo), e o que mais gostei é que os dois se tornaram grandes amigos fora das telonas, tanto que ele ficou impressionado com a atuação de Audrey durante as filmagens, que tinha certeza que a atriz venceria o Oscar, e ele estava certo, além de ter lhe apresentado o também ator Mel Ferrer, o qual logo se tornou se primeiro marido (Audrey se casou duas vezes)
O mais legal é que a experiência trouxe mudanças positivas para ambos, Ann amadureceu e percebeu que era uma mulher e que poderia assumir seu papel na realeza, sem precisar ser tratada como criança. E Bradley descobriu a força do caráter que talvez ele nem soubesse que existia dentro de si, e acima de tudo, os dois aprenderam a amar. Também me surpreendi com Irving (Eddie Albert), pois eu achava que ele trairia o amigo, mas eu me enganei, ele se manteve fiel, mesmo com toda a proposta feita, ele teve respeito os motivos do Bradley pra não divulgar a história, mesmo os dois perdendo um bom dinheiro com isso. E o figurino? O que era aquilo! Impecável, álias acho que isso é outra marca registrada dos filmes da Audrey, os figurinos são sempre lindos e icônicos. Eu senti uma vontade imensa de Roma como a Audrey em uma lambreta.


"O melhor remédio seria você fazer o que quisesse por um tempo."
(A Princesa e o Plebeu) 

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